Durante o tratamento contra o câncer de mama entre 2015 e 2016, a apresentadora Sabrina Parlatore chamou a atenção para manter uma boa parte de seu cabelo. Como o artista explicou em uma rede social, isso foi possível graças a uma equipe inglesa que esfria o couro cabeludo e reduz os danos causados pela quimioterapia.
O caso de Sabrina despertou o interesse da engenheira brasileira Gianmaria Cominato, 50, que percebeu que poderia desenvolver um produto com maior qualidade e preço mais acessível. "Comecei a estudar essa tecnologia e criei um chapéu que é mais eficaz na manutenção do cabelo do que produtos concorrentes e ainda custa muito menos", diz o diretor da Fabinject Technology.
Batizado por Capelli, o produto criado pela Cominato é feito de plástico e coberto com espuma térmica. Segundo o empresário, o uso da tampa não causa desconforto ao usuário.
Capelli trabalha ligado a Freddo, equipamento de refrigeração de pele, geralmente usado em procedimentos de tratamento a laser. "É uma equipe que as pessoas fabricam há 8 anos, é uma espécie de frigobar com rodas, que é capaz de resfriar o ar a uma temperatura negativa de 35 graus", diz o engenheiro.
Segundo Cominato, o Capelli Freddo é indicado para pacientes com câncer de mama. Mas também pode ser usado em outros tratamentos. O equipamento não é apenas eficaz no tratamento da calvície.
O equipamento já está sendo usado em alguns hospitais de São Paulo, como o Compassivo Português. Mas eles só serão oficialmente lançados durante um congresso da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, que será realizado no final de outubro.